sábado, 10 de dezembro de 2011

Degustação - Dom Pérignon 2002 e Château Larrivet Haut-Brion 2005

Comecemos pelo começo! Conforme mencionei em meu último post, neste e nos próximos vou falar um pouco sobre os vinhos degustados por ocasião do Wine Dinner promovido pelo Olivetto Restaurante dia 29/11.
Mas, antes dos vinhos, preciso corrigir um lapso do último post. Faltou mencionar o motivo da realização de um evento tão especial! Nosso "jantarzinho" teve como objetivo celebrar a escolha de nossa Carta de Vinhos como a 2ª Melhor do Brasil pelo Guia 4 Rodas, atrás apenas do Curitibano Dursky, ou seja, a frente de todos os grandes restaurante de São Paulo e Rio de Janeiro. O Guia 4 Rodas dispensa apresentações, pois trata-se da mais respeitada publicação do gênero no país, classificando restaurantes segundo critérios estritamente técnicos, sem atitudes bairristas ou provincianas. Termos sido reconhecidos por esta publicação é um feito que nos enche de orgulho, e reforça nossa responsabilidade pela manutenção de um bom trabalho.
Mas, vamos aos vinhos. Começando pelo Welcome Drink.

Dom Pérignon é uma das marcas mais emblemáticas de Champagne. Sua garrafa é rótulo são facilmente reconhecidos em qualquer lugar do mundo. Pertencente a Möet et Chandon, que por sua fez pertence ao conglomerado LVMH, a marca presta homenagem ao monge que, reza a lenda, teria "descoberto" o Champagne, ou ao menos aperfeiçoado as técnicas de fabricação, permitindo ao mundo encantar-se com esta deliciosa e refrescante bebida que é o vinhos espumante.
A safra 2002 em especial, apresentou boa qualidade média, com as uvas atingindo bons níveis de maturação. O vinhos apresentou aromas de amêndoas levemente tostadas, algo de cítrico e frutas secas. Em boca, intenso, cremoso, com ótima acidez, e muito mais frutas que no nariz. Discreto amargo no final e longa persistência. Muito típico.
4D
Em seguida, Château Larrivet Haut-Brions Blanc 2005.

A propriedade em si já existe há mais de 200 anos, e teve vários nomes até 1949,  quando o então proprietário Jacques Guillemaude deu-lhe o nome atual.Em 1987 foi adquirido pelos atuais proprietários, a família Gervoson, que trouxe consigo um grupe de profissionais entusiasmados, que trouxeram a boa fama de volta a propriedade. O château conta também com a consultoria de Michel Roland.
A safra de 2005 em especial foi uma das melhores de Bordeaux já registradas, com os tintos em especial atingindo notas (e preços) altíssimos. Para os brancos a safra foi igualmente grandiosa, especialmente em Pessac-Léognan, com a vantagem que os vinhos ficam prontos mais cedo.
A vinícola não informa a proporção das castas utilizadas, mas tudo indica que as duas principais brancas autorizadas em Bordeaux estão presentes aqui. Nos vinhedos a proporção é de 60% de Sauvignon Blanc e 40% de Sémillon. O vinho apresenta boa intensidade aromática, com notas de frutas frescas, como pêssegos, algo de abacaxi, delicioso e convidativo, com um discreto mineral e ainda algo de cogumelos. Em boca, boa presença, acidez no ponto. Redondo, suculento, com cítricos e frutas amarelas em profusão, além de uma longa persistência. Um belo achado entre os grandes nomes de Bordeaux, com um preço mais civilizado...
4D+
Bom, espero que tenham gostado. No próximo post, vamos aos tintos, com Lynch-Bages e Le Petit Cheval, ambos de 1999.
 Dúvidas sobre meu sistema de pontuação? Leia o post "Degustações e Pontuações".
Grande abraço e até a próxima.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dom Pérignon, Lynch Bages, Le Petit Cheval, Mouton, Lafite, Latour, Haut-Brion, Yquem e Rieussec. Tudo ao Mesmo Tempo Agora...

Já havia comentado em meu último post, bem como no Facebook e Twitter, sobre a realização deste evento no Olivetto Restaurante.
Família feliz e reunida...
O evento ocorreu no último dia 29, e foi um sucesso, atingindo todos os objetivo planejados. O único senão ficou por conta da substituição do Margaux 2006 por um Le Petit Cheval 1999, por motivos alheios a nossa vontade... Acontece! Mas, no final tudo dá certo! Em ocasiões diferente eu já tive a oportunidade de provar a maior parte destes vinhos (graças a minha profissão, e não ao meu saldo bancário...) mas aqui o momento foi especial! Afinal, o grande diferencial foi a oportunidade de degustar todos em sequência, e por fim desfrutar de um fantástico jantar, cuidadosamente desenhado para acompanhar estas eno-especialidades.
Em linhas gerais, posso afirmar de antemão que todos os vinhos estavam muito bons, mas vou falar deles em outros posts ok? Um para cada um. Aqui vou falar um pouco sobre o menu e o evento como um todo.
Menu do Evento (ainda com o Margaux 2006)
O formato que adotamos foi o seguinte; depois do serviço do Welcome Drink, com a Dom Pérignon, acompanhada de ostras frescas com um delicado toque de flor de sal francesa, seguimos para um degustação de todos os tintos, comentando as características de cada um deles, e encerramos a degustação com o Château d'Yquem, fantástico, como de costume...
Em seguida, o jantar! Começamos com mini-escalopes de foie gras, com uma torradinha de brioche e uma leve calda de laranjas kinkan. O objetivo aqui era óbvio; permitir aos nossos convidados experimentar na prática a clássica harmonização entre foie gras e Sauternes, e qual Sauternes melhor do que Yquem? A harmonização ficou deliciosa, com a untuosidade presente tanto no prato quanto no vinho equilibrada pela acidez do vinho e pelo toque cítrico da calda de laranjas. Sucesso unânime!
Para a entrada, um ótimo vinho branco de Péssac-Leognan, da ótima safra de 2005; o Larrivet Haut- Brion 2005. Na entrada, a cauda de lagosta grelhada recebe um toque do balsâmico de laranja, enriquecido com um toque de vinagre de Jerez, e a terrine de legumes traz um toque tostado e defumado, que harmonizou muito bem com o vinho, intenso, complexo e mineral.
Já com os pratos, e idéia era permitir que cada um testasse as possibilidades de harmonização com todos os vinhos apresentados. Começamos com os aromas e sabores rústicos e terrosos dos cogumelos e da carne do faisão, combinados com maestria pelo Chef Fábio Amaral, resultando em um prato surpreendentemente delicado, e seguimos com o kobe beef, uma carne marmorizada com gordura, de textura e sabor únicos, acompanhada de um delicado risotto feto com o arroz vialone nano e lâminas de trufas. No geral, ambos os pratos foram boas companhias para todos os vinhos, com destaque para a parceria entre o Château Mouton 1998 com o Ravioli, e o Château Latour 1999 com o Kobe Beef.
Na sobremesa, um Sauternes de alto nível, o Rieussec 1998, acompanhado de uma trilogia de Crèmes Brullé com geléia de rosas. Aqui, mais uma truque de harmonização, pois um dos brullés era salgado, feito com queijo Gorgonzola, mais uma vez para testar uma harmonização clássica; de queijos azuis com vinhos doces, e o resultado foi bom, porém não o campeão. O brullé de damascos foi a melhor combinação com este grande vinho.
De fato, salvo para alguns privilegiados, degustar tantos vinhos de alto nível, com um menu especialmente harmonizado como este, é uma experiência para repetir-se poucas vezes na vida, e que com certeza permanecerá nas memórias dos participantes.

Em tempo, os vinhos foram fornecidos pela Wine Stock, importadora especializada em grandes vinhos franceses, em especail de safras mais maduras.
Nos próximos posts, falo um pouco mais sobre os vinhos.
Grande abraço e até lá.

Postagem em destaque

Enoturismo em Mendoza

Como parte de nossa nova parceria com a LATAM Travel Shopping Frei Caneca , teremos no mês de Novembro/2016 um imperdível tour por alguma...