quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Degustação - Château Lynch-Bages 1999 e Le Petit Cheval 1999

Château Cheval Blanc

Ok, após uma pequena pausa de final de ano, vamos adiante conforme o prometido no post anterior, agora com os vinhos tintos, o começando com dois exemplares de elevada qualidade, por certo entre os grandes nomes da região.
Inicialmente, o Château Lynch-Bages 1999!

Já havia comentado sobre este vinho aqui, porém da safra 2005. Neste post, que pode ser acessado pelo link, você encontrará mais informações sobre o Château e um pouco de sua rica história. Aqui, vamos direto ao ponto; o vinho.

 Esta safra em especial foi uma boa safra em Bordeaux, mas não excepcional, fato que acaba se destacando com a safra seguinte, 2000, esta sim uma safra acima da média. O Lynch-Bages em especial, sempre uma boa aposta entre os bons Châteaux de Bordeaux, apresentava uma coloração já discretamente evoluida, com reflexos grená em sua coloração rubi de média/alta intensidade. No nariz, fruta fresca, muita especiaria, notas florais, e já alguns aromas terciários, como couro. Uma paleta de aromas que se mostra aos poucos, conforme o vinho respira. Já em boca, um vinho fresco, vivo, com médio corpo, com taninos muito finos, e uma longa persistência.
5D

Agora, atravessando o rio, rumo a Saint-Émilion, rumo ao Château Cheval Blanc.

Aqui uma particularidade, pois trata-se do único grande vinho de Bordeaux a utilizar um percentual superior a 50% de Cabernet Franc em seu corte. Lembrando que o solo da margem direita do rio que corta Bordeaux leva as uvas em geral a uma maturação mais lenta, o que favorece em particular a Merlot, casta de maturação mais precoce que a Cabernet Sauvignon. E foi neste terroir em particular que o Château Cheval Blanc, propriedade criada na sua configuração atual em 1871, atingiu bons resultados com a Cabernet Franc, "irmã" menos encorpada e mais delicada da Cabernet Sauvignon, e que normalmente entra em pequenas quantidades nos vinhos da região, apenas para acrescentar um pouco de frescor e notas aromáticas mais frescas e florais.
A propriedade é classificada desde 1954 com Premier Grand Cru Classé "A", classificação concedida ao vinhedo, e não ao vinho, de modo que o segundo vinho, Le Petit Cheval, também ostenta e denominação Grand Cru Classé em seu rótulo.
O 1999 em especial leva um pouco a mais de Merlot que o normal, em função de particularidades climáticas da safra que favoreceram a maturação adequada desta casta. Apresenta uma coloração rubi com reflexos grená, já denotando alguma evolução, que se confirma no nariz, com fruta vermelha madura, café espresso, caramelo e notas balsâmicas. Em boca, boa acidez, com uma pontinha de álcool, taninos muito finos e longa persistência, com discreta predominância das notas balsâmicas no retro olfato.
4D+
Bom, por hoje é só! Desejo um 2012 pleno de alegrias e realizações para todos que me acompanham por aqui, e nos vemos no próximo post, com Mouton-Rothschild e Latour.
Dúvidas sobre meu sistema de pontuação? Leia o post "Degustações e Pontuações".
Grande abraço e até a próxima.

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