quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Melhor do Mundo! (Pelo menos até sexta que vem)


Olá! Primeiramente, esclarecendo uma informação que fiquei devendo no último post, não, o Brasil não participará do próximo Mundial de Sommeliers. Conforme eu havia adiantado, em função do regulamento da competição, a ABS/Brasil não pôde inscrever Tiago Locatelli como substituto de Guilherme Corrêa. Pena...

Mas, seguindo adiante, tive ontem a oportunidade de acompanhar de perto uma Aula Magna de serviço com o sommelier sueco Andreas Larsson, Melhor Sommelier do Mundo em 2007, de passagem pelo Brasil a caminho de Santiago, onde sexta feira que vem, ele passará o título ao novo vencedor do torneio.

Tecnicamente, a aula foi muito proveitosa, porém, mais do que isso, o melhor foi conhecer Larsson de perto e poder constatar que, ao contrário do que se possa imaginar, trata-se de uma pessoa comum e muito simpática.

Larsson iniciou sua apresentação lamentando que, em sua primeira visita ao Brasil, tenha se deparado com o "maravilhoso" e chuvoso clima paulistano, afinal, como a maioria dos europeus sabem, o Brasil é uma país de belas praias e sol o ano todo. Em seguida, Larsson falou um pouco sobre sua vida profissional, e como, apenas oito anos após abraçar a carreira de sommelier, ele se sagrou o Melhor do Mundo. Falou um pouco sobre o preparo necessário, muito mais psicológico do que intelectual, e também sobre as mudanças em sua vida após essa conquista única. A seguir, Larsson apresentou diversos tipos de serviço; de espumantes, decantação de tintos, destilados, e fez comentários e observações voltados mais para o dia a dia de um restaurante (Larsson ainda exerce a função) do que para os meandros de um concurso de sommeliers. Embora tenha atuado com precisão e desenvoltura, Larsson cometeu erros comuns ao nosso dia a dia, como deixar pingar o vinho na toalha, mas a forma como ele lidou com estes delizes só serviu para mostrar o quanto é preciso ser humano e humilde para alcançar a posição que ele alcançou.

A final de um Concurso Mundial de Sommeliers nada mais é do que um grande teatro de serviço, onde vence o candidato que conseguir combinar preparo e tranquilidade naqueles 30 minutos de apresentação. Obviamente, para chegar lá é preciso uma dose quase sobre-humana de conhecimento teórico, abrangendo informações como as regiões produtoras de vinho da Tailândia e da antiga Iugoslávia, ou o tipo de fumo utilizado no miolo do charuto D4 (eu não inventei isso, foram questões do último mundial...), porém, Larsson serve como exemplo de que é sim possível.

Nas palavras dele próprio, um campeão se constrói com algum talento, muita dedicação, e uma grande quantidade de paixão, características que ele demonstrou possuir de sobra.

Após tão produtiva aula, seguiu-se uma almoço no Bistrô da Casa do Porto, onde Larsson conduziu uma ótima degustação de vinhos espanhóis, mas isso já é tema para outro post....

Abraço e até lá.

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