Participei recentemente de uma degustação das duas safras mais recentes deste ícone chileno, bem conhecido por aqui, e que se firmou no mercado internacional como referência em bons Cabernet Sauvignons do Chile. A degustação ocorreu na Cave Pavesi (Rua Maria Monteiro 59, Cambuí, Campinas-SP), e foi conduzida por ninguém menos que Enrique Tirado, enólogo responsável por esta pequena jóia da vinicultura chilena.
Tirado iniciou com uma breve apresentação sobre os vinhedos, localizados em Puente Alto, dentro do perímetro urbano de Santiago, lado a lado com os vinhedos de outro ícone, Almaviva. Don Melchor é produzido desde 1987, e até o ano de 1994 foi um vinho 100% Cabernet Sauvignon. Em 1995 uma pequena parte de Merlot foi acrescentada ao corte, porém, isso não voltou a ocorrer em safras posteriores. Desde 2001, entre 3 e 9% de Cabernet Franc são acrescentados ao vinho, mas, segundo Tirado, há cerca de 10 anos foram plantados clones superiores de Merlot no vinhedo, que no futuro podem voltar a fazer parte do assemblage.
As safras degustadas foram as mais recentes no mercado brasileiro, 2005 e 2006, e mostraram porque este vinho é hoje referência em qualidade em todo mundo. Já provei outras 6 safras deste vinho, e nunca me desapontei, muito pelo contrário. E aqui a situação não foi diferente...
O Don Melchor 2005 mostrou-se ligeiramente superior. Embora ainda fechado, com um discreto toque de menta, é um vinho fino, encorpado, longo, evocando frutas maduras e chocolate na boca, e demonstra ter ainda longos anos de garrafa pela frente antes de mostrar todo o seu potencial. Classifico este vinho como 4D.
Já o 2006, estava mais aberto, com aromas mais pronunciados de frutas negras e vermelhas maduras, e um agradável tostado. Apresentava taninos mais doces que o anterior, porém um pouquinho menos finos. Embora seja um vinho mais pronto, deve evoluir um pouquinho menos que o anterior. Classifico-o também como 4D.
Destaco porém, que, por tratar-se de vinhos ainda muito jovens, não revelaram por certo todo o seu potencial. Acredito que paciência e anos de adega podem levar estes vinhos a classificação 5D.
Dúvidas sobre meu sistema de pontuação? Leia o post "Degustações e Pontuações".
Abraço e até a próxima.
Diego, sem dúvida o Don Melchor não desaponta, não é mesmo?
ResponderExcluirQuando vamos fazer uma degustação dessas lá no Olivetto?
Um abraço
Daniel Perches
www.vinhosdecorte.com.br
Já tivemos ano passado Daniel, você é que perdeu o bonde rsrsrs Mas este ano teremos outras várias degustações, a começar pela presença de Suzana Balbo dia 04/05, apareça por lá...
ResponderExcluirAbraço