Após a visita as instalações da Quinta da Aveleda, no Minho, seguimos rumo oeste, para Vila Nova de Gaia, para a visita a Rozés. Fundada em Bordeaux, em 1855, por um negociante local, a Rozés permaneceu na família até o ano de 1977, e em 1999 foi adquirida pelo Grupo Vranken Pommery Monopole, proprietário de marcas como, por exemplo, o Champagne Pommery. Esta mudança trouxe, consequentemente, novas oportunidades e investimentos, conduzindo a um maior aprimoramento das técnicas produtivas da Rozés.
Hoje, além de uma gama de vinhos não fortificados, produzidos na Quinta do Grifo, a Rozés tem duas linhas de Portos, a Classic Ports, abrangendo todos os estilos e idades, e a linha Colors Collection, com garrafas mais bojudas e coloridas, focadas em novos mercados, e que trazem um Porto Reserve (vermelho), um Branco Reserve (branco) e um Tawny 10 Anos (dourado). Uma solução atraente ao consumidor moderno, visando ampliar um mercado em redução, que é o de vinhos fortificados.
As Caves da Rozés são bonitas e antigas, encravadas nas encostas de Vila Nova de Gaia, porém, estão ali hoje basicamente para receber turistas, sendo que a parte mais importante do processo produtivo, e os vinhos mais importantes, estão no Douro vinhateiro, mas isso não desmerece em nada a interessante visita, devido ao profundo significado histórico destas instalações.
Caves da Porto Rozés |
1 – Rozés Ruby Special Reserve
Um Ruby, com fruta intensa, especiarias, leve balsâmico, figos, amoras e ameixas. Boa doçura, boca achocolatada, macio e encorpado, com discretos taninos e média persistência.
3D+
2 – Rozés Vintage 2008
Originário de vinhas velhas no Douro Superior, produzido principalmente a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão, tem frutas negras, muitas especiarias, com noz moscada e pimenta preta, leve floral. Encorpado, traz uma explosão de frutas na boca, amplo e estruturado, com taninos finos, bom equilíbrio e longa persistência. Com certeza, um vinho para a adega.
4D+
3 – Rozés Color Collection White Reserve
Lote com uma idade média de 8 anos, e uma bela coloração dourada. No nariz, frutas secas, maçã com canela, ervas e leve oxidativo. Na boca, discreta sapidez e doçura equilibrada, nozes e caramelo, tostado, com média/longa persistência.
3D+
4 – Rozés Tawny 10 Anos Infanta Isabel
Envelhecido nas caves de Vila Nova de Gaia, apresenta caramelo queimado e amêndoas tostadas, cravo, boca ampla, com melaço e castanhas, macio, equilibrado e longo.
4D
Após a degustação, seguimos para o passeio por Vila Nova de Gaia e Porto, já mencionado anteriormente, e no dia seguinte, logo pela manhã, seguimos para a Quinta do Côtto. Pertencente à família Montez-Champalimaud, a Quinta é carregada de história, havendo indícios de que a propriedade já era ocupada por volta de 1140, antes mesmo da fundação da monarquia portuguesa. Desde 1976 sob a liderança de Miguel Champalimaud, a Quinta do Côtto inaugurou o conceito dos vinhos de Quinta no Douro, ou seja, vinhos produzidos a partir de uma única propriedade, e embora tenha, por muito tempo, produzido Vinho do Porto, hoje produz exclusivamente vinhos não fortificados.
Momento Garoto Propaganda |
Antigo Solar da Quinta do Côtto e vista geral do vale a partir da Quinta |
1 – Paço de Teixeró Branco 2010
Vinho Verde, produzido com as castas Avesso (80%) e Loureiro (20%). Muito fresco, com frutas e flores brancas, peras, ligeiramente sápido, refrescante, com curta/média persistência.
3D
2 – Paço de Teixeró Rosé 2010
Produzido com Touriga Nacional e Touriga Franca. Cerejas frescas, morango e algo de romã. Fresco, equilibrado e de média persistência.
3D
3 – Quinta do Côtto Tinto 2009
Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão, de vinhedos com idade média de 20 anos, em solos xistosos. Frutas vermelhas sobremaduras, em conserva, leve defumado e algo de especiarias. Fresco e tânico, algo de rancio, fino e ainda jovem, com média/longa persistência.
3D+
4 – Quinta do Côtto Grande Escolha 2007
Touriga Nacional e Tinta Roriz de vinhas velhas, solos xistosos, com 14 meses em barricas. Frutas vermelhas frescas, madeira bem marcada, com tostado e baunilha. Intenso, com bom frescor e adstringência, taninos finos e abundantes e média/longa persistência.
4D
5 – Quinta do Côtto Grande Escolha 2001
Interessante oportunidade de provar o mesmo vinho agora mais maduro. Fruta vermelha madura, já integrada com a madeira, balsâmico, especiarias e ervas aromáticas, macio e adstringente, com muitos taninos, finíssimos, bom frescor e fim de boca lembrando café espresso, longo.
4D+
Ao fim da degustação, uma surpresa; eu, como vencedor do Portugal Wine Expert São Paulo, Thais, vice-campeã, e Jéssica, vencedora de Salvador, fomos presenteados pela Quinta do Côtto cada um com uma garrafa Magnum do Quinta do Côtto Grande Escolha 1990, um presente realmente especial. A minha está aqui aguardando pela sua hora, e prometo que quando a hora chegar compartilho aqui a experiência, ok?
Antiga cubas de fermentação a céu aberto |
Muros de contenção das Vinhas Velhas da Quinta do Côtto |
Dúvidas sobre o meu sistema de pontuação? Leia o post “Degustações e Pontuações”.
Grande abraço a até a próxima.
Boa Tarde. Gostaria de saber onde encontrar o ROZÈS RUBY PORTO, pois é de sabor inigualável. Comprei duas garrafas já a algum tempo e não consigo mais encontra-lo. Gostaria de encontrar novamente este vinho.
ResponderExcluirResido na grande Porto Alegre no Rio grande do Sul,BRASIL.
Um Grande Abraço.
Fernando Feijó Gonçalves.
Fernando, não encontrei informações em relação a importação do Rozés para o Brasil, mas vou continuar pesquisando e se encontrar alguma coisa informo por aqui ok?
ExcluirAbraço