domingo, 14 de fevereiro de 2010

Café e Cafés... Espressos e Nespressos....


Olá, aqui estou novamente, escrevendo do "exílio". Meu computador não se recuperou ainda. Mas tenho fé de que isso acontecerá nos próximos dias. Até lá, o que me resta é a Lan House... paciência.

Hoje quero escrever um pouco sobre cafés. Como disse no meu primeiro post, o trabalho do sommelier abrange mais do que o vinho, alcançando todas as bebidas, alcoólicas ou não, servidas em um restaurante, e isso inclui o café.

O café como nós conhecemos e fruto de tradições milenares, cultivadas pelo povos árabes, e que com o passar do tempo sofreu mudanças e aperfeiçoamentos em sua forma de fabricação e serviço. Basicamente, a bebida café é fruto da infusão dos grãos do cafeeiro em água quente, isso depois de os mesmos terem passado por diferentes processos de secagem, torra e moagem. Esta infusão pode ser através do tradicional coador, ou ainda de diversos formatos de cafeteiras, elétricas e manuais, porém a forma de consumo que desejo abordar desta vez é o espresso, assim mesmo, com S, pois o nome vem do italiano espresso, que significa "espremido", algo feito sob pressão, e é aí justamente que está o coração deste processo.

O bom espresso deve ser feito com a água entre 85° e 90° C, sob uma pressão de 19bar, o que demanda uma moagem correta do grão, a regulagem correto do equipamento e a colocação do pó de forma correta na máquina, caso contrário a bebida pode ficar rala e fraca, ou queimada e amarga. Com tudo no lugar certo, o espresso perfeito é uma bebida cremosa e agradável ao paladar, e para garantir esta qualidade é que entra em cena o barista, o profissional do serviço do café, do qual falaremos no futuro.

Buscando garantir um espresso perfeito sempre, para todos aqueles que assim o desejarem (e que possam desembolsar quase R$ 1.000,00 no mínimo) temos hoje no mercado as máquinas e cápsulas Nespresso, produzidas na Suiça, com grãos selecionados de todo o mundo, já moídos, pesados e embalados á vácuo, garantindo frescor e qualidade ao consumidor.

Já tinha a opinião formada de que se tratava de um produto da mais alta qualidade, com a vantagem de que elimina os fatores que podem prejudicar a experiência de se tomar um bom café, mas em recente visita a Boutique Nespresso no Jardins em São Paulo, pude verificar que trata-se também de um produto didático.

Em uma breve degustação conduzida pelo meu amigo e colega de profissão Mateus Godoy, ex-Fasano e hoje sommelier da Nespresso no Brasil (como eu disse, sommelier não é só vinho...) provei alguns cafés de diferentes origens, a saber Brasil, Colômbia, Sumatra e Índia, observando e percebendo de forma detalhada as diferenças entre eles, como a doçura do café brasileiro, a refrescante acidez do colombiano, a marcante presença de especiarias do grão de Sumatra e o corpo intenso do indiano. Cada um traz também suas próprias características aromáticas, e, assim como um bom vinho, cada um pede um harmonização diferente, com pratos ou bebidas.

Este foi apenas um texto introdutório sobre o tema. Assim como o vinho, pretendo voltar ao assunto de forma mais detalhada no futuro. Até lá, ao invés do tradicional brinde, convido a todos para um aconchegante xícara de Ristreto.

Saudações e até a próxima...

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